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IR. ADELAIDE


Irmã Adelaide Molinari


Filha de agricultores, Salvador e Cecília Molinari, nasceu em Garibaldi-RS, aos 02/02/38, mudando-se, ainda menina, para Palmeira das Missões-RS. Trabalhava com a família na roça. Aí descobriu sua vocação religiosa. Com o apoio de seus pais, foi morar com as Filhas do Amor Divino. Estudou. Tornou-se Irmã e assumiu o Carisma da Congregação: estar a serviço dos mais necessitados.

Irmã Adelaide foi uma das primeiras Filhas do Amor Divino que se dispôs a trabalhar nas Missões, no Pará. Chegou em Eldorado aos 08 de abril de 1983 com mais duas Irmãs para ser presença de Igreja no meio daquele povo pobre, sofrido e necessitado.

A 14 de abril de 1985 foi cruelmente assassinada à bala, em meio a muita gente, na Rodoviária de Eldorado, após missão cumprida aqui na terra. Havia solicitado passagem para regressar a Curionópolis, onde se encontraria com as demais irmãs e de cuja comunidade era coordenadora.
Nesta oportunidade esperava-a o mais traiçoeiro gesto humano: o assassinato. Ali ela se encontrou e conversou com o Delegado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá-PA, o qual estava sendo visado e foi, neste momento, vítima de atentado. Irmã Adelaide só teve tempo de dizer:"Meu irmão, não faça isso", quando o pistoleiro, insensível, detona o tiro fatal, que fez a bala atravessar o tórax do líder sindical, sendo mortal para Irmã Adelaide, atingindo-a no pescoço, por onde derramou todo seu sangue.

O sangue de Mártires é sementeira de novos cristãos. O sangue derramado de Irmã Adelaide gera nova vida para o Reino.



Última oração da Irmã Adelaide com o povo

Escuta, ó Pai, a nossa prece.
Teu Filho Jesus venceu a morte e continua vivo no meio das comunidades cristãs.
Que também nós possamos ser fortes como Ele.
Que ninguém fuja da luta, nem mesmo com ameaça de morte.
Que saibamos ficar atentos às necessidades da comunidade.
Que, de hoje em diante, ninguém mais fique desamparado.
Alimenta, ó Pai, a nossa fé, para que não te neguemos em nossa ação.
Por Jesus Cristo, Teu filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

(Extraído do livreto distribuído pela Província N. S. Anunciação quando do centenário de morte de Madre Francisca Lechner)



Irmã Adelaide Molinari


16/04/85 

A comunidade estava reunida em volta do símbolo da violência, a sua veste ensangüentada, e ficou decidido que a roupa que ela vestia não seria lavada, mas preservada.

22/04/85 

À tarde, fomos a Eldorado (2Km) onde a Eucaristia foi celebrada com a participação das pessoas da localidade. Depois, em procissão, levando uma cruz que trazia escrito o nome da Ir. Adelaide, fomos ao local onde ela foi baleada. O clima era de emoção. Orações, leituras e cantos se seguiam repetindo o refrão: "Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão". No exato local onde caiu assassinada havia um coração de flores. No centro do coração estavam escrito: "Irmã Adelaide, nossa saudade é e será eterna!"
A cruz, com o nome da Ir. Adelaide, estava na parede em frente ao local onde ela recebeu a bala mortal.

22/05/85

Celebrando o trigésimo dia do seu falecimento, no Km 30, foi realizada uma significativa procissão; nós oferecemos o anel e a medalha da Irmã Adelaide, como sinal da sua dedicação ao reino de Deus e à Congregação das Filhas do Amor Divino. 

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