CARLOS DE DIOS MURIAS, o espírito das Bem-aventuranças
Carlos de Dios Murias nasceu a 10 de Outubro de 1945 em Córdoba (Argentina),
no seio de uma família apegada aos valores religiosos e morais. É por
essa altura que sobe ao poder Juan Peron, apoiado pela popularidade da
sua esposa, a célebre Evita Peron.
Em 1955, Peron é afastado do poder por uma Junta Militar e Carlos, ao longo de quase toda a sua existência acaba por não conhecer outra coisa senão a instabilidade e a crise na qual a ditadura militar mergulha o país até 1973. A sua irmã Maria Cristina descreve-o como um adolescente idealista, piedoso e sensível à condição dos oprimidos. Opta pela vida religiosa. É admitido entre os franciscanos conventuais, estabelecidos a pouco tempo na Argentina. Deixou-se cativar pelo carisma de S. Francisco de Assis, pela pobreza e pelo empenhamento apostólico dos frades.
Após a sua ordenação sacerdotal, é encarregue da paróquia de El Salavdor de La Rioja e colabora com o Enrique Angelelli, seu bispo que Carlos admira muito particularmente. Angelelli revela-se entusiasta no apostolado e comprometido na evangelização e defesa dos direitos dos oprimidos. Posteriormente, Carlos torna-se colaborador da paróquia de Chamical juntamente com Gabriel Longueville, padre francês, delegado do episcopado de França para a América Latina. Os dois homens entendem-se perfeitamente e gastam-se sem contar em favor da população empobrecida da sua comunidade, explorada em condições humilhantes pelos ricos proprietários. Longe de qualquer actividade política, exercem o seu ministério em plena comunhão com o seu bispo, cuja linha de conduta eles seguem: fidelidade às orientações do Concílio Vaticano II e directrizes da Conferência de Medelin para a América Latina.
Carlos é apreciado pela sua abnegação, o seu bom humor e a sua coragem. Próximo dos humildes, não hesita nunca em ajudá-los, até materialmente. Mantém igualmente um bom relacionamento com os militares de uma base aérea próxima e que ele contacta semanalmente. Todos concordam em ver nele um homem de Deus, profundamente espiritual e cuja vida está em concordância com o Evangelho de Jesus.
D. Enrique Angelelli, Pe. Gabriel Longueville e Wenceslau PederneraEm 1955, Peron é afastado do poder por uma Junta Militar e Carlos, ao longo de quase toda a sua existência acaba por não conhecer outra coisa senão a instabilidade e a crise na qual a ditadura militar mergulha o país até 1973. A sua irmã Maria Cristina descreve-o como um adolescente idealista, piedoso e sensível à condição dos oprimidos. Opta pela vida religiosa. É admitido entre os franciscanos conventuais, estabelecidos a pouco tempo na Argentina. Deixou-se cativar pelo carisma de S. Francisco de Assis, pela pobreza e pelo empenhamento apostólico dos frades.
Após a sua ordenação sacerdotal, é encarregue da paróquia de El Salavdor de La Rioja e colabora com o Enrique Angelelli, seu bispo que Carlos admira muito particularmente. Angelelli revela-se entusiasta no apostolado e comprometido na evangelização e defesa dos direitos dos oprimidos. Posteriormente, Carlos torna-se colaborador da paróquia de Chamical juntamente com Gabriel Longueville, padre francês, delegado do episcopado de França para a América Latina. Os dois homens entendem-se perfeitamente e gastam-se sem contar em favor da população empobrecida da sua comunidade, explorada em condições humilhantes pelos ricos proprietários. Longe de qualquer actividade política, exercem o seu ministério em plena comunhão com o seu bispo, cuja linha de conduta eles seguem: fidelidade às orientações do Concílio Vaticano II e directrizes da Conferência de Medelin para a América Latina.
Carlos é apreciado pela sua abnegação, o seu bom humor e a sua coragem. Próximo dos humildes, não hesita nunca em ajudá-los, até materialmente. Mantém igualmente um bom relacionamento com os militares de uma base aérea próxima e que ele contacta semanalmente. Todos concordam em ver nele um homem de Deus, profundamente espiritual e cuja vida está em concordância com o Evangelho de Jesus.
Porém, na noite de 17 de Julho de 1976,
os dois sacerdotes são levados de força por homens armados. Três dias
depois, são encontrados os seus corpos a mais de cem quilómetros. Os
cadáveres estão crivados de balas e apresentam sinais de tortura
atrozes. Carlos tinha 30 anos.
Cinco dias depois é a vez de um catequista, Wenceslau Pedernera, colaborador pastoral dos dois padres. É morto diante da sua esposa e seus filhos. No mês seguinte é o próprio bispo, Enrique Angelelli, no regresso de uma visita à comunidade que ficara sem seus pastores, que é vítima deste terrorismo de estado. Na verdade, era o regime estabelecido que mandatara a morte de homens incómodos da ordem estabelecida, somente porque reivindicavam os direitos dos mais pobres.
A reputação de santidade destes mártires aumentou de tal modo que foi aberto o processo diocesano, tendo em vista a canonização do bispo e seus colaboradores.
Cinco dias depois é a vez de um catequista, Wenceslau Pedernera, colaborador pastoral dos dois padres. É morto diante da sua esposa e seus filhos. No mês seguinte é o próprio bispo, Enrique Angelelli, no regresso de uma visita à comunidade que ficara sem seus pastores, que é vítima deste terrorismo de estado. Na verdade, era o regime estabelecido que mandatara a morte de homens incómodos da ordem estabelecida, somente porque reivindicavam os direitos dos mais pobres.
A reputação de santidade destes mártires aumentou de tal modo que foi aberto o processo diocesano, tendo em vista a canonização do bispo e seus colaboradores.
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