Noticiário UAC - Março de 2011
Queridos irmãos e irmãs da União
Queremos
mais uma vez com alegria apresentar neste noticiário algumas
informações sobre a causa de beatificação de Alfredo KELLY SAC,
elaboradas pelo Pe. Jan Korycki SAC, Postulador Geral da Sociedade do
Apostolado Católico e também outras notícias do UAC.
CAUSA DE BEATIFICAÇÃO DOS MEMBROS DA UAC A NÍVEL DIOCESANO
Alfredo
José KELLY SAC, membro da Província da Irlanda, nasceu em Suipacha na
Argentina no dia 5 de Março de 1933, foi ordenado sacerdote no dia 15 de
Junho de 1957. Ele pertencia ao grupo dos cinco Palotinos mortos no dia
04 de Julho de 1976, na casa Palotina de Buenos Aires: três padres, um
estudante do Seminário Maior e um postulante. O processo de beatificação
dos mesmos ainda não foi aberto juridicamente, mas está em fase de
preparação.
Alfredo,
muitas vezes chamado de Alfie, filho de Juan Kelly e Elisa Casey, era o
menor dos quatro irmãos e das duas irmãs. Alfie como adolescente
começou sua educação no ensino
médio com os Palotinos em Mercedes e continuou sua formação em Rawson.
Fez o Noviciado em Santo Antônio de Areco, onde no dia 04 de Março de
1954 fez sua primeira consagração palotina. Estudou filosofia no Colégio
Máximo de São Miguel dos Jesuítas, na Província de Buenos Aires, e
teologia na Universidade Gregoriana em Roma. Recebeu a ordenação
sacerdotal no dia 15 de Junho de 1957 na Igreja de São Patrício em Mercedes.
Nos
primeiros anos como sacerdote colaborou no serviço da pastoral
paroquial; depois de 1960 a 1965 foi diretor vocacional e de 1966-1973,
reitor e pároco de Santo Antônio de Areco. Enfim, foi pároco e diretor
dos estudantes palotinos em Buenos Aires até a sua morte. Ao realizar
tudo isso, como escreveu o
estimado Pe. Kevin O'Neill SAC, "especializou-se na direção espiritual,
retiros, na catequese e no apostolado da juventude que foi o seu
principal trabalho. O termo “sólido” seria a palavra mais apropriada
para definir seu caráter. Esta qualidade fazia com que ele fosse sério e
íntegro em todas as suas responsabilidades e suas relações com os
outros. Um incansável trabalhador, enfrentou até o fim todas as
dificuldades com serenidade própria
que vem de uma profunda vida de oração e união com Deus.” Ele também
foi Diretor do Seminário Arquidiocesano de Catequese Juan XXIII, uma
tarefa particularmente delicada para aqueles tempos.
Vale
a pena citar ainda outras palavras do Pe. Kevin, que conhecia bem Alfie
e que desenhando sua fisionomia destacou a profundidade da sua
espiritualidade, especialmente no último período de sua vida. Pe. Kevin
escreveu: "Nas últimas semanas de sua vida, Alfie era um homem
transformado que falava e agia como se ele tivesse um pressentimento ou
um aviso do que iria acontecer e, a cada momento, mostrou uma completa
aceitação da vontade de Deus / ... /. Alfie levou uma vida santa e
morreu como testemunho da
verdade da evangélica”. Também o Pe. Rodolfo Capalozza fez referimento a
algum pressentimento de Pe. Alfredo, dizendo que "Nesta última
sexta-feira ficou muitas horas no Oratório."
Outras testemunhas afirmaram que Pe. Alfredo foi muito aberto às necessidades do próximo, sendo cordial com os jovens e com os idosos; encorajou fortemente os leigos a tomarem iniciativas
para fazer o bem. Ele, no acompanhamento espiritual pessoal salientou
repetidamente a necessidade de buscar a Vontade de Deus e juntamente com seu grupo de jovens ajudava os outros grupos a organizarem retiros.
É
interessante notar que o mesmo Pe. Alfredo, três dias antes da sua
morte escreveu em seu diário: "Eu tive uma das experiências mais
profundas de Deus na oração. Na parte da manhã, percebi a gravidade da
calúnia que estava circulando
em volta de mim. Durante todo o dia eu senti o perigo em que se
encontrava a minha vida. À noite eu rezei intensamente (...) Chorei
muito (...). Percebi, em meio às lágrimas, de ser muito apegado à vida,
que a minha vida e a minha morte são a oferta livre e que têm por
desígnio de amor de Deus muito valor. Vivo ou morto ofereço a minha vida
ao Senhor, mas na medida do possível devo lutar para conservá-la; eu
vou ser chamado pelo Pai na hora e do modo como Ele quer e não quando eu
ou outros querem. Agora (...) me sinto feliz de uma maneira
indescritível (...). Eu não pertenço a mim mesmo, porque agora eu
descobri a quem sou obrigado a pertencer. Obrigado Senhor."
Bibliografia: 25 años de la Massacre de San Patricio. Dirección General
de Derechos Humanos; Alfred Kelly, in: Acta S.A.C., Vol VIII, 517-519